Comprei uma edição antiga da revista "Figurino Noivas". Confesso que os vestidos não encheram muito meus olhos, mas reservo este espaço para publicar o texto da editora Bete Monta. Amei o texto, a maneira como cada "sim" foi pontuado. Acho que quem já passou por isso vai se identificar.
'Em quase tudo na vida são esses os caminhos entre os quais temos que optar. O "não" vamos deixar de lado, já que não é assunto para esta nossa conversa. Apesar de ser necessário e ter sua importância em certos momentos da vida, ele para nós, por hora, é completamente dispensável, afinal, o qe vivemos agora são as glórias do "sim".
São só três letrinhas que, morfológicamente, nem teriam tanto valor assim, não fosse a grandiosidade do seu significado. Basta que elas ultrapassem as barreiras das cordas vocais para serem as mais preciosas de nossas vidas. Para encurtar a história, apesar de serem milhares ao longo de nossas vidas, vamos focar nossos "sins'.
Um dia aquele menino bacana, bonito e "tudo de bom" tomou coragem e fez a clássica pergunta: "Quer namorar comigo?". Na deixa, o sonora "sim" marcou presença e lá se foram meses, anos de namoroe muita coisa boa vivida. Foi quando uma decisão tinha que ser tomada: era a vez do noivado. De novo o tal do "sim". E, junto a ele, todos os sonhos de uma vida a dois começaram a ser traçados.
O tempo que essa fase durou não tem a mínima importância, mas o seu conteúdo...Com os pés fincados na realidade, o apartamento ou a casinha onde a vida a dois deveria começar foi a primeira etapa a ser pensada. Hora do "sim" arcar com as despesas e ser compatível com a realidade de cada casal. Depois veio o enxoval, com direito a muitos lençóis, toalhas e panos de prato. Tudo organizado, o passo seguinte é a mobília. Cama, sofá, fogão, geladeira...Quantos "sins" e carnês de prestação para pagar. Etapa cumprida, mundo real totalmente modelado, é a vez do "sim" seguinte: "Vamos marcar a data do casamento? 'Siiiiiiimmm'. Escolher a Igreja, ajustar os convites, pensar nos convidados, acertar o buffet, sonhar com a lua de mel, ganhar as alianças e, finalmente, decidir entre milhões de modelos o vestido que combina com o sonho desse casamento.
Tudo pronto, é chegado o grande dia. Pela nave da Igreja, lá vai a noiva: solene, linda, enquanto o noivo espera ansioso. Tudo isso, mas tudo mesmo, para ele ecoar pelos quatro ventos o nosso velho e amigo "sim"!
Bete Monta
Não é fofo?! A primeira vez que li esse texto achei tão redondinho. Alterando algumas coisas na ordem como tudo tem acontecido, pensei o quanto cada sim entre duas pessoas tem relevância. Implica em mudanças, em saber voltar atrás, em pedir e aceitar desculpas, em abrir o sorriso, segurar ou soltar a lágrima, em saber a hora certa de silenciar e de soltar o verbo. O sim que muda as nossas vidas.
Sem querer, achei o seu post...
ResponderExcluirai menina... a gente escreve as coisas e nem sonha onde vai parar.
Obrigada, SIM foi bom relembrar...
bjssssssss