O casamento da minha mãe

Minha mãe casou no dia mais frio do ano, de 1969, é o que eu sempre ouço minha avó e tias dizerem. Foi no dia 11 de julho...admiro as noivas corajosas que casam no inverno, eu não me animaria. Não gosto muito do ar gelado, prefiro pensar em um tecido leve do que em um vestido mais fechado, com mangas longas, mas vamos combinar que a dona Suzana estava muito elegante, não? O modelo foi desenhado pelo estilista Rui Spohr e mais: ela foi a primeira noiva a fazer uma festa no salão Imperatriz do Leopoldina Juvenil, onde minha mana também casou. Bacana, né?  

O enxoval do casamento dos meus pais é uma coisa simplesmente absurda, meu avô, na época, era gerente do Banrisul e os colegas do banco deram muuuuitos presentes. Parece que ela estava adivinhando que teria gêmeas...várias coisas ela ganhou em dobro e não trocou, pois bem, quando a Mari saiu de casa ela foi dividindo o enxoval e, como tinha sobrando, deu uma bandeja para Mari e outra para mim, também xícaras, copos de cristal. O mais legal foi ela tentar convencer a Mari a fazer o mesmo e a minha irmã questionando: por que vou ficar com 24 xícaras de café, mãe?

O casamento dos meus pais durou 22 anos, mas acabou, assim como o sonho do "felizes para sempre". Mas duas coisas eternizam essa união: os quatro filhos e as lembranças, que podem ser revividas em fotos. Por isso é importante investir em um bom fotógrafo e também no álbum de fotografia. Tenho certeza que as noivas não esquecem os momentos de alegria e ansiedade, sonhos vividos durante o período do noivado.