Um dia, arrumando algumas coisas lá em casa, achei o caderno de economia doméstica da minha mãe. E não acreditei no que vi nas páginas seguintes. Enquanto folheava fui compreendendo melhor certas atitudes e pensamentos da minha mãe, como o fato de ela ser machista, por exemplo.
A cada "lição" passada pela freira que dava essa aula, fica muito claro que a mulher era criada e moldada para servir o homem, o seu homem (e futuramente os filhos homens). A parte de como a dona do lar deve lidar com o dinheiro então trata-se de uma verdadeira pérola. Tem até lista de despesas supérfluas: cinema, teatro, objetos artísticos, joias, perfumes, bebidas e fumo. Entenderam agora o título do post? Legal é que um dia vou mostrar para minha filha toda essa aula de como ser uma "rainha do lar". Se eu fico de boca aberta, imagina como ela vai ficar?
As figuras que ilustram o caderno, minha mãe recortava de revistas. Acho que era uma aluna nota 10 (pelo menos nessa cadeira), pois o livro está perfeito, a letra impecável e as figuras muito ilustrativas. Agora só imaginem a expectativa em sair de casa e constituir uma família? Isso era a vida delas.
Esse post também é uma homenagem a minha mãe, que fez 65 anos no último sábado. Uma Mulher como eme maiúsculo, como escrevi na dedicatória da minha monografia.
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